Existem situações na vida que se repetem muito, às vezes até demais. Quando o assunto é relação amorosa, então, parece incrível: caímos sempre nas mesmas histórias. Quantas mulheres já conheceram caras legais, ficaram apaixonadinhas, começaram a sair e, de repente... o cara não está afim. Isso que faz com que elas repitam pelos clubes de luluzinha o bordão "só gosto de quem não gosta de mim". Mas basta parar para pensar que vamos nos dar conta de que repetitivo não é o destino e, sim, nossas expectativas.
Há mais de dois anos, a vendedora Gisele Camargo não sabe o que é um namoro firme. Engata um rolo atrás do outro que nunca dão em nada, só reforçam sua teoria de eterna não correspondida. "Nada passa da terceira semana. Fico a fim dos caras, mas eles me largam. Juro que não faço nada, não pressiono, não grudo, deixo bem à vontade", garante. Tanto que eles acabam indo embora. "Não consigo entender porque isso acontece. Tudo o que eu quero na vida é um namorado. É tão simples!", engana-se ela.
A secretária executiva Jaqueline de Matos é do mesmo time e ressalta o horror de ser "desistida". "Quando o cara some, aí é que eu fico querendo mais. Fico com a sensação de que não tive tempo de mostrar tudo o que eu podia e, no final, acho uma tremenda injustiça", lamenta-se.
A psicóloga e psicodramatista Márcia Homem de Mello acredita que quem "só gosta de quem não gosta" busca, na verdade, objetos irreais. "Quando começamos um caso com alguém e tudo termina antes mesmo de nos conhecermos direito, vivemos o ideal que havíamos criado. Não há tempo para esse 'príncipe encantado' ser deconstruído e virar uma pessoa real", explica. Por isso, depois de situações desse tipo, é comum vivermos a sensação de termos perdido a grande paixão de nossas vidas. Trabalhar essa decepção é a grande cartada para que a história não soe como dejá vu. "Senão a pessoa fica buscando justificativas, culpando algo vazio", diz ela. É hora de partir para outra.
Fonte:bolsademulher
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