Na hora do sexo vale tudo. Desde que os dois estejam de acordo, claro. Publicidade Além de "brinquedinho criativos e de novas preliminares, há casais que não se cansam de inovar quando o assunto é posição sexual. Mas será que sair do tradicional pode mudar a intensidade do prazer? Ou a ousadia é só mesmo para se aventurar?
O terapeuta sexual João Borzino conta que toda essa criatividade se dá quando o casal se curte. "Isto é sinal que os parceiros estimulam a fantasia, nutrindo o lado lúdico e erótico do relacionamento, o que é essencial para a manutenção amorosa". E garante: uma posição pode trazer mais prazer sim! "Mas isso depende da forma como os parceiros se sentem diante da nova proposição. Se houver preconceito ferrou!"
Analice conta que já tentou algumas posições estilo Kama Sutra, mas uma que costuma impressionar os homens é o 69 em pé. "Tenho 1,53m de altura, peso cerca de 45kg e fui atleta de ginástica artística na adolescência, talvez isso facilite a execução desta ‘acrobacia’, diz. "O importante na hora da execução é não hesitar, faça acreditando que vai dar certo".
Vamos à descrição da posição: "O homem é o ponto de apoio. Ele deve inverter os braços e colocar as mãos na cintura da mulher para virá-la de ponta cabeça. A mulher, por sua vez, deve dar o impulso com os pés para facilitar o trabalho do companheiro. Para a segurança ela deve (já de ponta cabeça) abraçar o homem pela cintura, senão corre o risco de cair e se machucar", explica Analice. "O homem pode apoiar as costas na parede para não sentir dor e, quanto mais a mulher conseguir abrir as pernas, melhor a estabilidade do casal. Daí por diante é uma questão da habilidade de ambos no sexo oral já que as mãos não poderão ser usadas.
Independente da posição a ser praticada, o mais importante é que tudo seja espontâneo, uma vez que não se pode obrigar ninguém a fantasiar. "Casais muitas vezes perdem o erotismo com a rotina, os desentendimentos e as próprias frustrações sexuais, pois um pode ser mais liberado sexualmente do que o outro", comenta Dr. João. Analice concorda: "A ousadia nas posições sexuais não deve ser tratada como uma obrigação ou algo sério. O importante é dar prazer e, principalmente, ter prazer. Quando um dos parceiros não se sente a vontade para executar uma ‘acrobacia sexual’, obviamente o sexo não será bom. Por isso, tratar o assunto com descontração e fazer disso uma brincadeira ajuda muito na hora de inovar."
Fátima acha que o casal precisa tomar cuidado nas invenções, já que algumas posições exigem preparo físico. "Em certos casos, a mulher precisa ser flexível e o homem ter força para manter a posição. Por isso, não adianta imitar e correr o risco de se machucar ou ter câimbras depois. O casal deve adequar a posição à sua realidade", defende. "De resto, o importante é que dê tesão: o prazer sexual está na mente, é representado pela fantasia e realizado através destas", orienta Borzino.
Há quem pense diferente, mas o terapeuta comenta que, geralmente, são os casais mais recentes que gostam de inovar, pois estão mais estimulados pela nova situação, a paixão e a necessidade de conquista. "Além disso, ainda não tiveram tempo de se desentenderem o suficiente para causar prejuízo".
Mas não é só porque o casal gosta de inovar que as posições tradicionais devem ser esquecidas. O terapeuta lembra que o sexo, digamos comum, tem que ser estimulante também e não visto como mesmice. "Não podemos querer inovar todos os dias, mas temos que desejar nos satisfazer mais e mais. O prazer pode ser maior em um dia que no outro, mas não pode deixar de ser bom. Afinal de contas, são estas variações de intensidade que dão graça à vida!"
Para Analice, o "papai e mamãe" continua sendo uma preferência e uma prática constante. "As posições exóticas e outras inovações no sexo são apenas uma maneira de apimentar e divertir a relação. De qualquer maneira, o mais importante é a intimidade com o parceiro e sentir-se a vontade para quaisquer práticas". E se quiser recorrer aos brinquedinhos, por quê não? "Não tenho isso como hábito, mas há algum tempo, experimentei com meu namorado as tais bolinhas tailandesas. Usamos uma única vez e foi uma experiência muito agradável, uma forma de orgasmo que ainda não tinha experimentado", finaliza.
Por Juliana Falcão (MBPress)
Fonte:vilamulher
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