Top 10 Girl: maio 2011

A internet banalizou o "feliz aniversário"?

Esquecer o aniversário de um amigo costumava ser algo descomplicado. A desculpa era pedida e a gafe, perdoada. Mas entre as muitas mudanças trazidas por redes sociais como o Facebook, o calendário de aniversários também trouxa controvérsia aos antigos costumes.

“Eu costumo esquecer datas, mesmo quando se tratam de pessoas muito queridas”, diz Marcella Ruble, uma advogada de Los Angeles. “Sempre dependi de minha mãe para me lembrar de aniversários, e agora o Facebook faz esse papel.”

Sem falar no papel de cartão de ‘parabéns’. “O que aconteceu com os cartões de ‘feliz aniversário’”?, pergunta Pam Koner-Yohai, fundadora da ONG contra a fome Family-to-Family em Hastings-on-Hudson, Nova York. “As pessoas ficam tão satisfeitas consigo mesmas por se lembrarem de dar um ‘parabéns’ genérico, mas isso é parte desse movimento de distanciamento dos relacionamentos. E o aniversariante escreve de volta: ‘obrigada por se lembrar’. Mas ninguém lembrou”.
Alguns internautas consideram que receber uma avalanche de felicitações de aniversário é docemente nostálgico, uma viagem de volta à época da escola, com bolinhos na sala de aula e um coro de parabéns. Para aqueles que seguem os lembretes, há o benefício adicional de parecerem atenciosos.
Sem graça
Mas há os que lamentam o recurso.
“O Facebook tirou toda a vida dos aniversários”, diz Inga Treitler, uma antropóloga de Knoxville, Tennesse. “Eu não quero receber ‘parabéns’ sem sinceridade, e estou me agarrando à idéia de que as pessoas realmente sentem o que dizem. Receber os cumprimentos pelo Facebook é impessoal, mas há algo pior: ele se torna competitivo. Se você dá os parabéns, quer receber crédito por isso. Se você recebe, pode se vangloriar de suas toneladas de amigos. É tudo para alimentar o ego”.

Agradecimentos
De fato, os agradecimentos após um aniversário no Facebook com freqüência se parecem mais com um discurso de agradecimento de Sally Field no Oscar. “Eu me senti surpreendemente querido e contente, mesmo sabendo quão pouco sentimento as mensagens requerem” diz Jordan Lyon, uma psicóloga de Seattle.

O marido dela tomou um outro caminho.

“Eu parei de desejar feliz aniversário pelas redes sociais e até de checar os avisos de aniversário”, diz Aaron Lyon, pesquisador da University of Washington em Seattle. “Voltei para meu método antigo de simplesmente tentar lembrar as datas e fazer algo um pouco mais pessoaI para que as pessoas saibam que me importo. Mandar uma mensagem de texto, por exemplo.”

Fonte: delas

Invista na maquiagem metalizada para os olhos

Foto: Getty Imagem 
Modelo usa maquiagem metalizada
Pode ter sido o efeito Lady Gaga ou simplesmente a vontade de ousar um pouco mais. O que ninguém pode negar é que a maquiagem metalizada está conquistando as brasileiras. O brilho e a sofisticação combinam perfeitamente com o clima frio e seco do inverno. E se as cores já brilham nas unhas, agora é a vez de iluminarem olhares.

Para o maquiador Theo Carias, as sombras metalizadas não devem ser usadas durante o dia. “Além de refletir o brilho do sol, acho que devemos reservá-las para ocasiões especiais”, diz. Já o maquiador Marcos Costa é menos radical. “Acredito no bom senso. Se a pessoa trabalha em um ambiente que permite abusar de cores e texturas diferenciadas, tudo bem. Mas, se for um local mais formal, o ideal é passar longe das cores brilhantes”.

É preciso ter cuidado na hora de escolher as cores. Se você nunca ousou, não adianta comprar uma paleta com mix de tons fortes. “Para quem não tem muita prática, o melhor é optar por cores clássicas, como marrom, azul e verde. Além disso, a textura deve ser fina e com brilho sutil”, indica Marcos. O resultado também é diferenciado, porém, mais discreto. Além disso, sempre faça o teste na palma da mão antes de comprar o produto. Theo ensina: “esfregue um pouco da sombra na parte externa das mãos e veja se ela tem boa fixação”. Algumas acabam não sendo fiéis à cor original, portanto, fique atenta.

Foto: Divulgação/Marcos Costa
O brilho do metal em tom de azul claro

Foto: Divulgação/Marcos Costas
Mistura boa: verde com azul escuro no canto externo
Para não cair numa roubada, os experts indicam sempre marcas conhecidas, como Shiseido, MAC, Natura e Kryolan. “A MAC possui uma linha incrível de pigmentos metalizados”, conta Theo. Ele explica que estes produtos são mais potentes que uma sombra comum, por exemplo, e têm um efeito muito mais impactante. Outra dica para não errar: o metalizado evidencia as linhas de expressão. Portanto, se a ideia é disfarçar as imperfeições, melhor fugir de sombras, delineadores e blushes com o efeito. Na dúvida, use apenas como iluminador, abaixo da sobrancelha.

Foto: Divulgação/ Marcos Costa
A versão em rosa bem clarinho, para as mais discretas
Agora que você já sabe quais são as regras básicas para usar maquiagem metalizada, arrase no colorido, ouse e misture cores: “Fica lindo! Imagine um bronze esfumado no canto externo dos olhos e, no canto interno, um rosa brilhante? Incrível!”, sugere Marcos. Veja quais os tons mais recomendados para o seu tipo de pele e cor de cabelo:
NEGRAS: azul, rosa, verde limão e alaranjados.
MORENAS: rosa, pink, azul, preto e terracota.
MORENAS CLARAS: rosa, claro, lilás, pêssego e coral.
LOIRAS: dourado, rosinha, marrom e bronze
RUIVAS: rosa, lilás, pêssego e verde.
JAPONESAS: rosa, pérola, pink, azul, violeta e preto.

Foto: Divulgação
Metal no olhar: duo de sombras, Natura (R$ 52,00) | Color Trend Kajal Delineador, Avon (R$ R$ 14,00) | Sombras Color Appeal Chrome Shine, L’Oréal Paris (R$ 48,00)

Fonte:delas

Ibiza

Entenda por que famosas preferem o parto humanizado

 . Foto: AFP Gisele Bündchen é uma das adeptas do parto humanizado
Foto: AFP

Parto humanizado é a moda da vez. Gisele Bündchen já fez, Juliana Knust, também, e Daniele Suzuki é a próxima. Mas o que é isso? "É o parto que resgata o direito da mulher de escolher o que será melhor para ela e seu filho, sem ter que simplesmente aceitar as regras dos médicos e hospitais", explica a conselheira perinatal Fadynha, profissional que ajuda nos desejos da mãe na gestação e no parto. Essa escolha vai desde uma massagem durante o período das contrações até a posição na hora de ter o bebê.
As mulheres que optam por esse método se sentem realizadas. É o que garante Andrea Santa Rosa, mulher do ator Marcio Garcia, mãe de três crianças. "O parto humanizado do meu terceiro filho, Felipe, foi o melhor deles. Feito em casa, em um ambiente calmo e conhecido, onde passei a gestação inteira", conta ela, que também fez parto normal e cesariana.

Com o pequeno Kauai na barriga, a atriz Daniele Suzuki afirma que está pronta para esse processo. Mesmo indo para o hospital, ela não pretende tomar anestesia e deseja um momento para ser dividido a três: mãe, pai e bebê. "Meu marido vai dar o primeiro banho. Também vamos colocar a musiquinha que o Kauai já se acostumou a ouvir", diz.

Daniele Valente, que está com quase nove meses de gestação, não vê a hora de ir para o hospital e dar à luz Valentina. Sem disposição para sentir dores, ela fará um parto que mistura o normal com o humanizado. "Já conversei com meu obstetra. Na hora que ela sair, fica no meu colinho. Não tenho essa segurança de ter o bebê em casa. E vou tomar anestesia. Está louco que não? É a primeira coisa que vou pedir. Quero usar tudo que a tecnologia oferece. Vou sofrer para quê?", brinca.
Na hora de seguir o exemplo das celebridades, os cuidados básicos com saúde da criança e da mãe não podem ficar de fora. Qualquer mulher que tome essa decisão deve estar em dia com os exames necessários e ser acompanhada por médicos. A apresentadora Ana Maria Braga, que acabou de ganhar uma neta em um parto humanizado, reforça essa ideia. "O procedimento deve ser realizado onde se possa recorrer, com facilidade, a um hospital ou centro médico", alerta.

Médicos recomendam que o parto seja feito em hospital
Cada vez mais procurado, o parto humanizado é, de acordo com a obstetra Valéria Siqueira, um conceito de dar à luz da maneira mais natural possível. "Trata-se de um parto feito num ambiente harmônico, com o mínimo de intervenção externa. Mas ainda não existe definição protocolar para esse procedimento", explica.
Valéria conta que os médicos não se opõem a essa opção, desde que ela seja feita com responsabilidade. "Parto humanizado só deve acontecer dentro de um hospital, porque há uma sala de cirurgia ao lado. No Rio, é impossível chegar a um centro médico em 15 minutos. Não se pode colocar saúde de mãe e filho em risco", analisa.

Mulheres preferem ser cegas a gordas, segundo pesquisa

As companhias influenciam na obesidade. Foto: Getty Images Mulheres preferem sofrer de outros males do que engordar
Foto: Getty Images

Após entrevistar 100 mulheres e perguntar se prefeririam ser obesas ou ter uma entre 12 condições socialmente estigmatizadas, pesquisadores norte-americanos da Arizona State University se surpreenderam ao constatar que seis mulheres escolheram a cegueira à gordura, enquanto outras optaram pelo alcoolismo, contaminação por herpes e depressão em lugar do sobrepeso, como destacou o Daily Mail desta sexta-feira (6).

A intenção dos pesquisadores era descobrir se o pensamento e atitude das mulheres frente à obesidade influenciaria na criação de um network de mesmo peso e, para isso, conversaram com 812 amigos e familiares destas mulheres, constatando que a probabilidade de a participante se tornar obesa aumenta se alguém muito próximo estiver acima do peso.

"Quando você vê que a obesidade cresce entre familiares e amigos, cresce a importância de questionar como isto está acontecendo", disse Daniel Hruschka, líder da pesquisa, explicando que agora poderão, baseados no que as pessoas fazem juntas, atacar a obesidade, que é um problema de saúde pública, pois a companhia é importante tanto para engordar quanto para emagrecer.

O porta-voz do Fórum Nacional da Obesidade, Tam Fry, declarou que acha extraordinário que as mulheres prefiram a cegueira à obesidade. "Me impressiona apenas que um estudo acadêmico nos diga o que está claro: que pessoas tendem a socializar com gente de mesmo tamanho e com semelhanças nos hábitos alimentares e de exercícios. Acredito que as pessoas não precisam abandonar seus amigos e parentes obesos, mas sim se juntar a eles na busca de atividades físicas e alimentação saudável para a perda de peso".

05 tecidos para seu vestidos de noiva

No começo do ano, falamos sobre os principais e mais adequados tecidos para vestidos de noiva que são sempre tendência. Agora, vamos relembrá-los para que você conheça alguns deles, na prática, e veja como é o caimento quando já estão prontos, cumprindo o seu papel de deixar a noiva estonteante.
Assim, você aproveita para se inspirar e fazer o seu vestido de noiva com o tecido que combina mais com você e seu estilo!

1.Cetim:
Um tecido de seda encorpado e com brilho. Muito macio ao toque. Esse é lindo e também tem uma faixa azul de cetim.

2.Seda:
Tecido milenar de origem chinesa, produzido a partir da paciente produção dos bichinhos da seda nos seus casulos. Leve, macio e com caimento espetacular. Modelo Rosa Clará
3.Tafetá:
Tecido fino e acetinado feito de fios de seda retilíneos, com um resultado extremamente uniforme e resistente. Modelo Pronovias
4.Tule:
Tecino fino e muito etéreo, feito com seda, algodão ou fibras sintéticas. É o tecido mais usado nos véus de noiva. Esse modelo Dior tem toda sua saia feita em tule.
5.Organza:
É leve, moderadamente resistente, possui textura fina. Vistoso, é facilmente estampado.
O que achou dos tecidos mais usados para vestidos de noiva? Conte-nos qual é o seu preferido!

Fontes:
mammydenoiva.blogspot.com
vestidosnoivasefestas.com.br
donakarao.wordpress.com
celui.pt
paramulher.com.pt

Por que os adesivos “Família Feliz” fazem tanto sucesso?

Escrever
Foto: Amana Salles / Fotoarena Ampliar
A "família feliz" original: o designer Germano mostra, com a mulher e o filho, o adesivo que detonou a febre
Mesmo sem nunca ter visto o carro parado à frente, dá para saber que a família dona daquele veículo é formada por um casal, três filhos, cachorro e papagaio. Aliás, em muitos semáforos do País é bem provável que não seja apenas um veículo que traga uma história pessoal estampada na lataria. Os adesivos “Família Feliz”, inventados pelo designer Germano Spadini, 31, proprietário da Job Adesivos, tomaram conta das ruas. Mas por que a ideia deu tão certo?

“Acho que houve um apelo sentimental. Para muitos, a família é um motivo de orgulho. É a única explicação que eu vejo”, opina Germano, que diz jamais ter imaginado que o negócio cresceria tanto. “Eu não fiquei rico, muito menos milionário. Não dá para competir com a pirataria, mas devo admitir que vendemos muitos adesivos.”
Demonstração de afeto
A doutora em psicologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) especialista em família, Ceneide Cerveny, concorda com a ligação sentimental que há entre os ocupantes do carro e os adesivos. Ela acredita que o principal motivo para se aderir à moda é o orgulho de exibir os familiares.

“Pesquisas mostram que o brasileiro valoriza muito pertencer a uma família, a um lar. Esta foi a forma encontrada de se mostrar isso. Outra razão seria a busca por diferenciação que a sociedade demonstra cada vez mais. Muitas pessoas precisam achar uma maneira de ser diferente e personalizar o carro é um caminho.”
Para a psicóloga, psicodramatista e terapeuta familiar Marina Vasconcellos as crianças influenciaram bastante o sucesso do produto. “Os adesivos são bonitinhos e os filhos adoram ver seus pais, irmãos e bichos de estimação. Acaba virando uma grande diversão para a família.”

Outra razão apontada pela psicóloga é a exteriorização do afeto. Muitos desejam mostrar que se importam com a relação. Como casais de namorados com corações entre eles. “É uma combinação de fatores: está moda, é divertido e exibe o carinho pelas pessoas da família de uma forma positiva”, completa.


Exibicionismo
Mas nem todos acham que a moda é tão inocente assim. A psicóloga, psicoterapeuta e coach Mariah Bressani afirma que o sucesso da atitude de estampar uma representação da própria felicidade familiar no automóvel demonstra o nível de exibicionismo dos tempos atuais. Os adesivos seriam uma consequência do movimento já visto nas redes sociais.
“As pessoas colocam o que estão fazendo em suas páginas em tempo real. O carro é mais uma maneira de mostrar para o mundo algo que deveria ser pessoal. A cultura de hoje tem esse excesso de exposição e exibicionismo. É preocupante. Precisamos nos questionar a razão disso tudo.” Ela continua: “O que uma pessoa ganha expondo sua família dessa forma? Vejo muito mais riscos, com relação à segurança das pessoas, do que ganho.”
Foto: Amana Salles/ Fotoarena Ampliar
Germano mostra algumas das opções de seu catálogo
História
O primeiro casal colado na traseira de um carro era formado pelo próprio Germano e a esposa, Susan, em 2005. Ele diz que o modelo não chamou muita atenção. Mas no início de 2009, a família cresceu. E a ideia da “Família Feliz”, como vemos hoje nos carros, surgiu na decoração do quarto do filho de Germano. Ele, que já confeccionava adesivos em geral, e a esposa enfeitaram o local aplicando adesivos decorativos com tema medieval, o que incluía castelos, soldados e um brasão.
Foi então que o casal resolveu “atualizar” o carro: fizeram novos modelos que incluíam o bebê. Depois disso, o que era para ser uma brincadeira, virou febre nacional. No início, amigos viam os adesivos e pediam que Germano fizesse para eles também. “Os primeiros 50 fizemos para amigos e de graça. Depois, até pessoas que não conhecíamos pediam. Foi então que resolvemos colocar no site para vender. Fizemos modelos genéricos, mas personalizamos qualquer pedido”, conta o designer.

Criatividade
Segundo Germano, o melhor período das vendas foi de outubro do ano passado a janeiro deste ano. A empresa chegou a vender mais de 10 mil adesivos da “Família Feliz” por mês. Cada um custa entre R$2,00 e R$5,00. Gradualmente, as vendas diminuíram. Hoje, são comercializados cerca de seis mil por mês. “Como nós personalizamos o produto exatamente como o cliente quer, ainda conseguimos nos diferenciar. Dia desses recebi um pedido de uma mulher que deseja mechas californianas no desenho. Sem problemas!”, afirma.

A previsão do designer é que o mercado ficará saturado para os adesivos genéricos em breve. Ele acredita que a personalização, no entanto, veio para ficar. “Agora o pessoal está começando a soltar a criatividade. Fiz alguns adesivos interessantes como o de uma sogra sem cabeça. Também fiz alguns mais tristes, como o marido falecido e uma menininha que morreu – ambos personalizei com asas”, conta.

Segurança
A discussão em torno da exposição excessiva da família é inevitável. A psicóloga Marina Vasconcellos alerta para o fato de que é preciso pesar se vale a pena expor a composição da sua família. “A vítima fica mais acessível. Colocar uma mãe e filhos, por exemplo, pode indicar que naquele carro não vai ter um homem. Alguns podem achar mais fácil de assaltar. Infelizmente não se pode ter certeza de que as informações não serão utilizadas contra você.”

A paisagista Cristina Campos, 34, tem uma visão diferente. “Eu acredito que se uma pessoa quer saber mais sobre sua vida, não é um adesivo que vai te denunciar. Sinceramente não acredito que os assaltos aconteçam porque você colou adesivos no seu carro”, avalia.

Há um mês Cristina adquiriu a família toda: esposa, marido, filho de seis anos, filha de três e cachorro. O grande diferencial dos adesivos originais para os produtos piratas, em sua opinião, é a personalização. “Eles fazem do jeito que a gente é. Tudo me agradou. Os vasos, que fazem referência a minha profissão, também foram colados no carro. Todos os detalhes me conquistaram definitivamente. Não quero tirá-los tão cedo.”

Fonte: delas

Conheça a síndrome do bumbum sarado

Foto: Thinkstock/Getty Images
 
Sobrecarregar os glúteos com exercícios localizados ou corrida pode levar à síndrome do piriforme
Recente pesquisa de uma rede de tratamentos corporais, realizada com 3.500 mulheres em todas as regiões do Brasil, sobre as preocupações estéticas da brasileira, mostrou que a maioria não está segura com o próprio corpo.

Uma das áreas que mais incomoda é a região glútea (26%) – segundo a pesquisa, elas também querem melhorar o aspecto da barriga (69%) e dos seios (46%). Não é de se espantar, portanto, o empenho nas academias em busca do corpo sarado – especialmente para definição de abdômen e firmeza do bumbum.
Só que pessoas que exercitam excessivamente os glúteos – com musculação, exercícios localizados, corrida ou bike – podem desenvolver a “síndrome do bumbum sarado” ou, como é cientificamente conhecida, a síndrome do piriforme. Estudos apontam predominância maior de casos femininos, na proporção de seis mulheres para cada homem.

Músculo piriforme
Para entender a patologia é preciso conhecer a anatomia do piriforme, um músculo em forma de pera que faz parte de um conjunto de músculos localizados profundamente na região glútea.
“A função dele é fazer a rotação externa da coxa, além de auxiliar a abdução (abertura da coxa). Sua extensão vai da bacia até a cabeça do fêmur”, explica o neurologista Luiz Alcides Manreza, do Hospital São Luiz. Por baixo desse músculo passa o nervo ciático.
“A irritação ou a inflamação desse nervo provoca a dor na região do quadril. As causas podem ser traumas locais (cair sentado), hábitos posturais não saudáveis e sobrecarga de exercícios na região”, diz Gilbert Bang, especialista em reabilitação ortopédica e esportiva do Hospital Israelita Albert Einstei
 
O médico adverte que, além da musculação executada de maneira errada ou com muito peso, a corrida (especialmente em subidas) e o ciclismo podem levar à síndrome. O implante de silicone na região glútea seria outra forma de comprimir o músculo piriforme e causar a irritação do ciático.

Tratamento

A patologia tem difícil diagnóstico – talvez por isso não seja considerada tão comum. “Realizamos o exame físico, investigamos e chegamos a um diagnóstico por exclusão de outros quadros”, revela Luiz Manreza. Em relação a exames, a ressonância magnética pode auxiliar a detectar o problema.

Na fase aguda, para aliviar os sintomas da “síndrome do bumbum sarado”, os especialistas costumam prescrever relaxante muscular, analgésico e antiinflamatório.

Repouso ou diminuição da carga de exercícios também é necessário. Acupuntura e fisioterapia podem complementar o tratamento.

“Depois, é essencial que se faça um trabalho de reequilíbrio muscular e alongamento. Em casos crônicos, podemos usar até a toxina botulínica para bloquear o músculo e impedir a compressão do ciático”, explica Gilbert Bang.

Dicas

- Nos exercícios com quatro apoios, procure contrair o abdômen para não forçar a coluna ao elevar a perna
- Não exagere na carga de exercícios para os glúteos
- Passar o dia sentada e malhar muito depois aumenta as chances de se desenvolver a síndrome. Levante-se e alongue com frequência
- Atenção em caso de queda sentada, especialmente se deixar um hematoma na região glútea
- Caso a dor persista por mais de três semanas, procure um especialista em quadril
 
Fonte:delas