A intimidade entre mãe e filho é algo único. O amor e a vivência que os dois partilham são experiências importantes que trazem uma relação saudável entre a família.
Para responder a todas essas e outras dúvidas conversamos com a psicóloga Penélope Ximenes que nos esclareceu com depoimentos bem simples sobre essas situações tão comuns, que podem se tornar uma ferramenta importante para o futuro da criança.
Sobre se trocar na frente dos filhos a psicóloga explica: "É comum que aconteça, mas isso vai depender muito da cultura e valores dos pais, porém, sabe-se que se os pais tratam com naturalidade, a curiosidade vai ser bem menor e a procura por informações fora do lar também". A prática do banho também é bem habitual: "Sim, pois muitos pais consideram tanto como um momento de descontração quanto uma chance de observar se a criança está se higienizando de forma adequada".
Porém sabemos que as crianças de hoje em dia são muito mais precoces do que antigamente. São inteligentes e perspicazes. Quando questionarem sobre as diferenças corporais, qual a maneira correta de agir? A especialista conta: "Deve-se encarar isso de forma natural, pois é uma pergunta que sempre irá surgir. Se desde pequena a criança já tem esse contato, ou seja, com os pais que trocam de roupa naturalmente na frente da criança ou tomam banho juntas, muitas dessas dúvidas já foram tiradas ou a criança já percebeu sozinha. Em relação à nomeação dos órgãos sexuais, depende dos valores e cultura de cada família, mas se a família resolver nomear com os nomes não corretos, vale ressaltar que quando ela for mais velha vai saber do nome correto".
Esse passo de amadurecimento pode trazer muitos benefícios: "A criança vai iniciar sua aprendizagem sobre sexualidade na sua própria família e pode sentir mais liberdade para relatar suas experiências, garantindo de certa forma a segurança sexual de um adolescente e futuro adulto.
Sobre os problemas com essas duas práticas, Penélope é bem clara: "O único trauma que pode ser causado é se no momento do banho ocorrer algum ato de abuso do adulto com a criança, fora isso, está liberado". E também nos desperta outro ponto importante:
"Se o adulto perceber que a criança já consegue fazer essa atividade sozinha deve permitir, sempre se colocando à disposição e supervisionando o que está acontecendo, porque tanto tomar banho sozinho quanto se trocar é um treino para despertar a autonomia da criança que é essencial para a sua vida. Portanto, papais e mamães ‘corujas’, cuidado na hora de separar o necessário do excessivo.
Na verdade, não existe idade adequada para interromper o processo, mas como conta a psicóloga, a criança que passar pela fase da adolescência não vai mais querer se trocar e muito menos tomar banho na presença dos pais. Porém, a fase que passou serve de esperança e abertura para que o filho se sinta à vontade para conversar sobre assuntos diversos com a família, o que é de extrema importância.
Fonte:vilamulher
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